quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TURISMO RELIGIOSO

Bom Jesus da Lapa

O visual da cidade é capaz de encantar o mais cético dos visitantes.

Detentor do maior número proporcional de católicos da Bahia, o município de Bom Jesus da Lapa, situado a cerca de 800 quilômetros de Salvador representa a terceira maior peregrinação de romeiros do país.
O pequeno município do centro-oeste baiano possui uma população de 70 mil habitantes e recebe 700 mil visitantes ao longo do ano.

O diferencial da cidade baiana da fé é o visual, capaz de encantar o mais cético dos visitantes. Uma das belezas esculpidas pela natureza, é o Morro do Bom Jesus, monumento natural de 90 metros de altura e 2.000 metros de diâmetro, que fica logo na entrada do município. No interior da rocha, há seis grutas decoradas com imagens sacras que detalham o calvário de Jesus Cristo.
Uma torre construída na entrada principal em formato de um castelo medieval é cercada por estátuas em bronze dos 12 apóstolos, obra de autoria do escultor Deocleciano Martins Oliveira Filho. Tudo à beira do rio São Francisco.

O surgimento da vocação religiosa de Bom Jesus da Lapa se deu há 300 anos, quando o ourives português Francisco de Mendonça Mar deixou Salvador e iniciou uma vida de peregrinação ao atravessar o sertão da Bahia a pé vestido de frade até instalar-se numa das grutas da cidade.

Depois de se converter, ele mudou o nome para Francisco Soledade, ordenou-se padre e fez de sua morada um santuário. Seu corpo foi sepultado ao lado do altar.

Durante o ano, a cidade de Bom Jesus da Lapa realiza três eventos de caráter religioso. A maior de todas as romarias ocorre no mês de agosto e reúne 350 mil pessoas. Há também romarias nos meses de julho e setembro.

Dados da Secretaria Municipal do Turismo apontam que o comércio de produtos religiosos movimenta R$ 8 milhões todos os anos. A cidade também conta com 5 mil leitos em 200 estabelecimentos. A venda de souvenires como imagens sacras, camisetas, velas, crucifixos, canecas e chapéus representa uma boa fatia da receita do município.

Apesar do caráter religioso que domina o município, à noite local também oferece diversão. Repleta de bares, restaurantes e pizzarias, a praça Marechal Deodoro é o principal ponto de encontro de Bom Jesus da Lapa. Entre os atrativos estão o churrasco no espetinho, o chope gelado ao som dos clássicos da MPB, do chorinho e dos sucessos da axé music e do forró também empolgam a multidão, que ocupa as cadeiras espalhadas pela rua.

O Rio São Francisco também representa uma importante opção de lazer e prática do turismo ecológico no município. Na Barrinha -praia fluvial que fica do lado norte da ponte- as opções são variadas. Quem gosta de apreciar a fauna, a flora e também as águas do Velho Chico pode fazer um passeio de lancha que custa em média R$ 5. Cada embarcação tem capacidade para 12 pessoas sentadas.

Já os que apreciam a culinária regional podem saborear moquecas e assados de peixes típicos do rio São Francisco como o surubim e o mandim, acompanhado de uma cerveja gelada.

BOM JESUS DA LAPA

Onde fica: no Estado da Bahia, a 902 km de Salvador
Via terrestre: de Salvador, pelas BRs 324, 330 e 430)
Via aérea: a Abaeté Linhas Aéreas (71 3377-3955) faz o trecho Salvador/Bom Jesus da Lapa, com vôos diários e escala em Guanambi. O aeroporto de Bom Jesus da Lapa fica a 1 km do centro da cidade, na BR-430
Mais sobre o destino: www.bomjesusdalapa.org.br

Segmento:

ECOTURISMO

O termo Ecoturismo foi introduzido no Brasil no final dos anos 80, seguindo a tendência mundial de valorização do meio ambiente. O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) iniciou em 1985 o Projeto "Turismo Ecológico", criando dois anos depois a Comissão Técnica Nacional constituída conjuntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), primeira iniciativa direcionada a ordenar o segmento. Ainda na mesma década foram autorizados os primeiros cursos de guia especializados, mas foi com a Rio 92 que esse tipo de turismo ganhou visibilidade e impulsionou um mercado com tendência de franco crescimento.

A Bahia possui uma das regiões mais conhecidas para a prática do Ecoturismo: a Chapada Diamantina. Entretanto, em todo o estado, encontra-se grande oferta desse tipo de turístico, seja para a contemplação da natureza, ou mesclado com à prática de esportes radicais e de aventura, ou com fins místicos e esotéricos.

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Ararinha Azul
Canavieiras Sitio Histórico: Sitio Histórico Dr. Paulo Souto, com casarões dos...
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O Turismo Místico e o Turismo Esotérico caracterizam-se pelas atividades turí...
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Roteiros

Das 26 espécies de aves marinhas já encontradas em Abrolhos, apenas quatro vivem na ilha: Atobá,...
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Até chegar ao principal destino do passeio, Santa Maria da Vitória, o visitante terá que passar por...
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Durante sete noites e oito dias os ecoturistas, turistas da Melhor Idade, aventureiros e o p...
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Localizada na faixa litorânea dos municípios de Santa Cruz de Cabrália e Belmonte, entre a foz do...
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Localizado no município de Palmeiras, a 445km de Salvador, o Vale do Capão resguarda paisagens...

Um roteiro indicado para os que gostam de um delicioso banho de cachoeira é percorrer o vale do Rio...
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TURISMO GLS

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Salvador, Porto Seguro, Ilhéus e Itacaré estão entre os principais destinos GLS do Brasil. Considerados gay-friendly, esses destinos se destacam neste segmento por proporcionarem ambientes democráticos, respeito à diversidade, vida noturna agitada, muita arte, cultura e privacidade.

Nos últimos dois anos, os órgãos estaduais de turismo têm desenvolvido diversas ações neste segmento, principalmente ao que se refere à qualificação do setor turístico, através da capacitação de pessoal para receber gays e lésbicas de forma natural e respeitosa.

O objetivo é estender o programa a todos os municípios turísticos para que todo o Estado da Bahia seja reconhecido, como um destino gay-friendly.

TURISMO E ETNICO

Turismo Étnico-afro

Salvador é a cidade mais negra do mundo fora da África! Mais de 80% da população é afro-descendente. A comida, a religião, a cultura, a música, a dança e a arte provenientes dos povos africanos são encontradas aqui. Para valorizar ainda mais esses legados, está sendo desenvolvido o segmento turismo étnico.

O turismo étnico oferece roteiros específicos, como o bairro da Liberdade, com a maior população afro-descendente do país, cerca de 600 mil habitantes. Outro atrativo muito forte no bairro é o bloco afro Ilê Aiyê, fundado em 1974, pioneiro em trabalhos de inclusão social e valorização das raízes negras. Visitas aos projetos da entidade, além dos shows da banda, na Senzala do Barro Preto, no Curuzu, encantam os turistas.

Um calendário de eventos e roteiros turísticos com motivação étnica-afro servirá de guia para que o visitante chegue a Salvador e encontre u
ma programação diária diferenciada, em qualquer época do ano. Dentro do roteiro étnico está prevista a visitação aos terreiros de candomblé - com aulas de preservação do patrimônio religioso e o respeito às tradições.

TURISMO E ETNICIDADE

Rodrigo de Azeredo Grünewald
Universidade Federal de Campina Grande – Brasil
Resumo: Um dos aspectos mais significativos que marcam os estudos em antropologia
do turismo é o da mudança cultural percebida em sociedades hospedeiras
em conseqüência do impacto de um fluxo turístico. Muitas vezes essas mudanças
são acompanhadas de uma reorganização da população hospedeira em linhas
étnicas, ou seja, com o estabelecimento de etnicidades orientadas para o turismo.
O artigo pretende examinar as relações entre turismo e etnicidade em termos
teóricos e tentar promover uma melhor compreensão do turismo étnico para o
meio acadêmico.
Palavras-chave: comunidade turística, etnicidade, mudança cultural, turismo
étnico.
Abstract: Cultural changes perceived in host societies as a result of tourism flow
impact is one of the most significant aspects in Tourism Anthropology. Many times
those changes are associated to some reorganization of the host population in
ethnic terms, which is to say, with the setting up of tourism related ethnicities. The
article aims at analyzing the theoretical relations between tourism and ethnicity,
as well as to try and promote a better understanding of ethnic tourism in the
Academia.
Keywords: cultural change, ethnic tourism, ethnicity, tourism community.
Turismo indica movimento de pessoas que não estão a trabalho em
contextos diferentes do de origem, seja este o lar, a cidade ou o país. Tratase,
geralmente, de visitação a lugares onde poderão ser desempenhadas as
mais variadas formas de atividades práticas e/ou subjetivas desde que não
o trabalho. A amplitude do termo parece caber desde ao olhar visitante a um
monumento na própria cidade de origem até ao passeio em lugares totalmente
desconhecidos de outros países. Se algumas definições de turismo destacam
a prática ou a estrutura do fenômeno, acho que ambas as esferas..

Enoturismo-Vinho e Hospitalidade: O Caso do Vale dos Vinhedos.

O turismo gastronômico é um dos vários segmentos do turismo, cujos deslocamentos humanos são motivados pelo prazer e pela sensação de saciedade adquiridos através da comida/bebida e da viagem.

O enoturismo pode ser considerado como uma vertente do turismo gastronômico, pois se baseia na viagem motivada pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos e nas tradições e cultura das localidades que produzem esta bebida. Além disso, proporciona ao turista a oportunidade de conhecer a história, cultura e tradições do local, bem como o modo de produção das viniculturas, com todas as etapas, entendendo o processo de composição daquele produto.

Dentro desse contexto, a dissertação intitulada "Vinho e Hospitalidade no Vale dos Vinhedos" objetiva analisar a temática da hospitalidade utilizando o vinho como elemento condutor para o exercício da mesma, considerando suas associações e significados e apresentar as categorias de hospitalidade identificadas na região de estudo.

A pesquisa foi realizada na região do Vale dos Vinhedos, distrito de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, reconhecida nacionalmente como uma rota turística do vinho. Abrangeu moradores, produtores de vinho, proprietários de restaurantes e hotéis, assim como turistas que vistam a região.

Os resultados obtidos demonstram que a região apresenta três categorias de hospitalidade estando dividas em: "O Vale dos vinhedos como um local hospitaleiro", na qual a hospitalidade é vista a partir do espaço físico e dos habitantes; "O sentido de bem receber no Vale dos Vinhedos", onde os membros participantes da vida da localidade demonstram ter diferentes entendimentos de bem receber; a última categoria traz "o significado do vinho para o Vale dos Vinhedos" apresentando os diferentes significados do vinho e sua correlação com a hospitalidade.