quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Uma entrevista mentirosa na TV

Publicado em 17-Ago-2010
Gabeira continua a dever explicações...

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Fernando Gabeira
O candidato a governador do Rio pela coligação PV-PSDB-DEM-PPS, deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) mentiu ao dizer no RJTV da Globo que foi ele que tornou público o fato de, como deputado federal, ter desviado da cota de passagens aéreas da Câmara um bilhete para uma de suas filhas viajar ao Havaí.

"Quando eu erro, eu reconheço e corrijo o erro", declarou Gabeira na entrevista. Mas, ao contrário do que disse, não foi ele próprio que tornou público o uso da passagem. Já fora denunciado, assumiu o erro e ressarciu os cofres públicos.

Além disso, o fato de ressarcir não elimina a falta de ética ou a ilegalidade do que praticou. Aliás, ele e os demais que fizeram isso justificaram-se com o argumento de que não era ilegal porque não havia regulamentação da Câmara a respeito. Já se fosse alguém do PT, na certa teria sido denunciado e cassado. Denunciado por ele, Gabeira, como fez tantas vezes.

Gabeira deve explicações

E não só sobre a passagem da filha. Tem aqueles pagamentos por serviços prestados, feitos na campanha eleitoral de 2004 com recursos públicos (verba indenizatória da Câmara), no valor de R$ 20 mil, à empresa Lavorare da atriz Neila Tavares, então sua namorada e assessora, lembram-se?

Gabeira tergiversa, também, ao minimizar a participação em sua chapa, como candidato a senador, do ex-prefeito do Rio, César Maia (DEM), cuja gestão carioca ele já qualificou de "terrível" no passado. "Ele (Maia) agora não é candidato a prefeito, é candidato ao Senado. Tem uma experiência histórica, administrativa, político-eleitoral importante para o Rio de Janeiro", despistou.

Gabeira mentia quando atacava César Maia, ou mente agora quando o elogia nessa entrevista? O fato é que o PV de Gabeira participou e defendeu o governo de Maia à frente da Prefeitura do Rio. Logo, Gabeira sempre o apoiou. Não é de hoje, portanto, que Gabeira mente para se livrar dos erros que cometeu quando ainda era o Catão do país, denunciante-mór elogiado pela mídia.

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